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- 23, Agosto - 2021
- 14:00
- DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
- Título
- O trabalho de memória em espaços públicos: o papel da Biblioteca de São Paulo na ressignificação do Carandiru
- Aluno
- Luiza Silva Almeida
- Orientador
- Dra. Eliane Braga de Oliveira
- Vídeo Conferência
- https://join.skype.com/fkTSSrhWgUBv
- RESUMO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Aluno (a): Luiza Silva Almeida
Título: O trabalho de memória em espaços públicos: o papel da Biblioteca de São Paulo na ressignificação do Carandiru
Data: 23/08/2021
Horário: 14h00
Composição da Banca:
Dra. Eliane Braga de Oliveira (Presidente)
Dra. Georgete Medleg Rodrigues
Dra. Maria Leandro Bizello (Unesp)
Dra. Elmira Luzia Melo Soares Simeão (Suplente)
Vídeo Conferência: https://join.skype.com/fkTSSrhWgUBv
Resumo: O trabalho de memória em espaços públicos: o papel da Biblioteca de São Paulo na ressignificação do Carandiru
Resumo: A Biblioteca de São Paulo foi construída, em 2010, como parte da substituição do Complexo Penitenciário do Carandiru, que foi cenário de um massacre de 111 detentos pela Polícia Militar do estado de São Paulo, em 1992. Levando em conta que a BSP é uma instituição que visa promover o acesso à informação para seus usuários e, ao mesmo tempo, ocupa o espaço físico do antigo Carandiru, o presente trabalho tem como objetivo analisar o papel da criação e das ações da Biblioteca de São Paulo (BSP), enquanto biblioteca pública, na promoção de uma memória coletiva sobre o massacre do Carandiru. Os objetivos específicos são: discutir os conceitos de memória e esquecimento no contexto de criação da BSP; analisar, nas ações promovidas pela BSP, aquelas que remetem ao massacre do Carandiru; analisar a percepção dos bibliotecários e auxiliares de biblioteca que trabalham na BSP sobre o papel da biblioteca no resgate da memória do Carandiru. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, que utiliza a pesquisa documental e o questionário como procedimentos adotados para a coleta de dados. Os dados obtidos foram tratados com base na análise de conteúdo (AC). Os resultados mostram que houve um consenso entre governo e sociedade civil para a substituição do Carandiru pelo Parque da Juventude. Além disso, demonstra que a BSP incorporou o discurso do estado de apaziguamento/silenciamento da memória do massacre, não adotando nenhuma ação diretamente voltada para o assunto e nem trabalhando essa memória com seus funcionários. Dessa forma, os dados coletados demonstram uma disputa implícita entre a lembrança e o esquecimento de uma memória traumática e a construção e consolidação de uma nova memória coletiva.
Palavras-chave: Biblioteca de São Paulo. Complexo Penitenciário do Carandiru. Memória coletiva. Esquecimento.