Fernando César Lima Leite – presidente (UnB/PPGCINF)

Rodrigo Rabello da Silva – membro titular interno (UnB/PPGCINF)

Flávia Moreno Alves de Souza – membro titular externo à instituição (Ministério da Saúde)
Alberth Sant’Ana Costa da Silva– membro titular externo à instituição (IFB)

Érika Rayanne Silva de Carvalho– suplente (Procuradoria Regional da República)

Resumo:A comunicação científica, que diz respeito à produção, disseminação e apropriação da informação científica, tem sido objeto de estudo de diversas áreas do conhecimento. Na ciência da informação, inclui o espectro de atividades desde o instante em que o pesquisador identifica uma questão de estudo até o momento em que o conhecimento produzido é validado pela comunidade científica. As práticas informacionais, por sua vez, têm buscado a compreensão das ações dos sujeitos por meio de processos conscientes e inconscientes, decorrentes de suas interações sociais. Pressupõe-se que os processos informacionais não existem dissociados dos sujeitos, bem como é por meio das relações sociais que se deve investigar e compreender como e por quê os sujeitos agem de certa forma, atribuem sentido e conservam ou transformam suas relações. Dito isso, esta pesquisa possui como objeto os significados atribuídos por pesquisadores aos processos de produção, comunicação e apropriação da informação científica sobre a profilaxia pré-exposição ao vírus da imunodeficiência humana. Adota como recurso teórico-metodológico um modelo conceitual, elaborado a partir de conceitos extraídos da fundamentação teórica. Possui alegação construtivista, abordagem qualitativa e propósito descritivo. A população foi constituída por pesquisadores-doutores brasileiros e franceses com projetos de pesquisa ativos relacionados ao tema. No tocante à coleta, utilizou-se o método levantamento e como técnica, a entrevista semiestruturada. Os dados foram descritos e analisados por meio da progressão linear e codificação temática. Os resultados demonstram que a produção do conhecimento científico sobre a PrEP inicia-se em diferentes contextos e é influenciada por diversos aspectos, como reuniões de grupo de pesquisa e conversas informais com a população em geral. A comunicação, por sua vez, tende a ser centralizada no âmbito acadêmico. Sobre a apropriação, ressalta-se que o principal aspecto apontado foi o índice de impacto. Por fim, na visão dos pesquisadores a comunicação científica falha quando não retribui seus resultados à sociedade.

Palavras-Chave: Informação científica; Produção; Disseminação; Apropriação; Profilaxia Pré-Exposição; PrEP; Vírus da Imunodeficiência Humana; HIV.